O ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) tornou-se um padrão ouro em levantamento e endurecimento não invasivo da pele. Para clínicas de beleza, dermatologistas e spas médicos, compreender e implementar o protocolo de tratamento correto é fundamental não apenas para a satisfação do cliente, mas também para a segurança e resultados a longo prazo. Este blog se aprofunda no protocolo abrangente de tratamento HIFU – desde indicações até parâmetros e cuidados posteriores – para que os profissionais possam realizar procedimentos eficazes e seguros com confiança.
Indicações: Quem é o Candidato Ideal?
HIFU é mais adequado para indivíduos que sofrem de:
- Flacidez da pele facial e pescoço leve a moderada
- Linhas finas e rugas em estágio inicial
- Queixo sutil ou perda de contorno facial
- Aqueles que desejam adiar intervenções cirúrgicas
Contra-indicações absolutas e relativas
Contra-indicações absolutas
- Pacientes com infecção ativa pelo vírus do herpes na área de tratamento.
- Pacientes com pele facial altamente sensível.
- Pacientes com condições dermatológicas ativas exibindo fenômeno de Koebner.
- Pacientes com feridas locais não cicatrizadas ou doenças sistêmicas ativas ou doenças cutâneas infecciosas localizadas que possam interferir na cicatrização.
- Mulheres grávidas ou amamentando.
- Pacientes com transtornos psiquiátricos ou expectativas irrealistas de resultados de tratamento.
- Pacientes com doenças sistêmicas graves.
- Outras contra-indicações determinadas pelo médico.
Contra-indicações relativas
- Implantes metálicos na área de tratamento.
- Acne grave ou cística na área de tratamento.
- Obesidade grave ou flutuações significativas de peso corporal (IMC acima de 30 kg/m²) em pacientes que procuram tratamento.
- Pele facial excessivamente flácida com rugas e dobras graves.
- Fotoenvelhecimento severo.
- Pacientes com elastose grave ou paralisia facial.
- Pacientes propensos a quelóides ou com constituição quelóide.
- Uso contínuo de corticoide sistêmico ou em imunoterapia.
- Uso de medicamentos psiquiátricos, varfarina ou heparina nas últimas 2 semanas.
- Pacientes com marca-passos ou desfibriladores implantados devem ser tratados com cautela.
Marcações da área de tratamento
- Comece 1,5 cm acima da ponta do lábio, seguindo a linha externa da sobrancelha, a borda orbital e o osso infraorbital como linha limite interna (a área interna é proibida).
- Testa e área periorbital: Desenhe arcos do canto externo ao longo da linha do cabelo e 1 cm para fora do canto da boca; marque linhas verticais em intervalos de 2,5 cm dentro da área.
- Marque 1,5 cm fora dos cantos da boca e na frente das orelhas; traçar linhas ligando a asa nasal ao ponto mais alto abaixo da orelha, passando pelos pontos previamente marcados.
- Área submandibular: traçar uma linha da margem mandibular até 1,5 cm à frente da orelha; desenhe linhas verticais do ponto médio do queixo até a orelha e da borda superior da cartilagem tireóide até a região submandibular – esta área é designada para tratamento.

Zonas de desenho de linha de tratamento
- Inclui a área óssea da órbita, incluindo a pálpebra superior e a região periorbital.
- Área médio-temporal abaixo da cartilagem cricóide e acima da fúrcula esternal, dentro das bordas laterais da traqueia (evite o pomo de Adão, cordas vocais e tireóide).
- Regiões com ramos nervosos densos, como forame infraorbital, forame/incisura supraorbital, área do nervo auricular magno e zona do nervo facial.
- 1,5 cm anterior à orelha e 1,5 cm para dentro dos cantos da boca.
- Áreas faciais deprimidas, como as bochechas e as têmporas.
- Áreas ósseas ao longo da margem mandibular.
Marcação e recomendações da linha de tratamento
- Uso da cabeça de tratamento:
- 4,5 mm: Não é adequado para área periorbital, testa, pescoço abaixo da cartilagem tireóide ou áreas afundadas das têmporas.
- 1,5 mm & 2,0 mm: Comumente usado em toda a testa, rosto e pescoço (excluindo o nariz).
- 3,0 mm: Usado com base na espessura individual do tecido e nos níveis de gordura.
- Terço superior do rosto (testa, face superior, canto externo, área infraorbital): Cada lado normalmente recebe 7 tiros, totalizando cerca de 30–50; distribuir adequadamente. Uma ligeira expansão excessiva é aceitável.
- Rosto médio a inferior (bochechas): Use cabeçotes de 1,5–4,5 mm; evite 5mm e 7mm.
- Área submandibular: Use as mesmas cabeças e níveis de energia das bochechas ou um pouco mais baixos.
- Pescoço: Normalmente usam cabeçotes de 1,5–2,0 mm. Evite 3,0 mm ou superior.
Dica profissional: Evite sempre proeminências ósseas, áreas ricas em nervos (por exemplo, forame supraorbital, trajeto do nervo facial) e a região central da garganta.
Parâmetros de Tratamento de Referência
- Rosto médio a inferior: Use cabeçotes de 1,5–4,5 mm (5 mm e 7 mm proibidos).
- Área submandibular: Use cabeças e energias equivalentes às bochechas ou inferiores.
- Pescoço: Use 1,5–2,0 mm; 3,0 mm e acima não recomendado.
Escolhendo o cartucho certo: parâmetros de profundidade e energia
| Região | Profundidade do cartucho | Notas |
|---|---|---|
| Testa / Templos | 1,5 mm / 2,0 mm | Pele fina, evite alta energia |
| Bochechas | 3,0 mm / 4,5 mm | Trate mais profundamente para levantar |
| Mandíbula / Queixo | 3,0 mm / 4,5 mm | Use uma leve pressão |
| Pescoço | 1,5 mm / 2,0 mm | Evite cabeças com mais de 3,0 mm |
Dicas de orientação:
- Começar de mais profundo para superficial, de baixo para cima, e dentro para fora.
- 1,5 mm e 2,0 mm: Para firmeza epidérmica e refinamento dos poros
- 3,0 mm: Para aperto dérmico
- 4,5 mm: Para levantamento SMAS
Principais técnicas operacionais & Gestão peri-tratamento
Princípios de Consistência
- Evite tratar pálpebras superiores, cordas vocais e área da tireoide.
- Evite o uso de alta energia de cabeças de 3,0 mm+ perto de aglomerados de nervos (por exemplo, forame infraorbital, forame/incisura supraorbital, áreas do nervo auriculotemporal/facial).
- Evite usar cabeças de 3,0 mm+ em áreas de lábios afundados.
- Combine “cabeças de faca” e “cabeças de tiro”.
Recomendações de profundidade de tratamento
- Gordura subcutânea espessa: Comece com 4,5 mm, seguido por 3,0 mm e depois 2,0 mm/1,5 mm.
- Pele solta sem muita gordura: Use 3,0 mm, 2,0 mm, 1,5 mm.
- Áreas de pele fina (por exemplo, olhos, bochechas, pescoço, zonas deprimidas): Use 2,0 mm e 1,5 mm.
- Evite usar cabeçotes de 3,0 mm+ nessas áreas.
Técnica Geral
- Ordem padrão: Profundo para superficial, de baixo para cima, de dentro para fora. Comece com “cabeças de faca” e termine com “cabeças de tiro”.
- Certifique-se de que a sonda entre em contato total com a pele e mantenha um espaçamento uniforme.
- Não levante a sonda da pele até que cada ponto esteja concluído.
- Para cabeças de faca: Use “altura fixa, direção variável”, lento a rápido após o aquecimento. Mantenha um movimento constante.
- Ao usar 4,5 mm: Aplique uma leve pressão – não pressione com força.
- Para 1,5 mm/2,0 mm: Use menos energia e garanta contato firme com a pele para evitar queimaduras.
Plano de gestão peri-tratamento
- Aplique gel de acoplamento suficiente na área de tratamento.
- Evite tratar diretamente em proeminências ósseas; pare se os pacientes relatarem dormência ou dor.
- Informe os pacientes com antecedência sobre possível inchaço ou formigamento.
- Ofereça alívio oral da dor 30 minutos antes do tratamento para indivíduos sensíveis à dor.
- Avaliação: Tire fotos padrão de antes e depois (ângulo frontal/lateral/45° sob iluminação consistente); considere f-tap ou ultrassom.
- Use menos energia com cabeçotes de 3,0 mm/4,5 mm; evite o tratamento excessivo.
- Tratamentos antienvelhecimento padrão: A cada 12 meses.
- Tratamentos de menor energia ou menos linhas: A cada 4–6 meses.
- Tratamentos focados em 1,5 mm/2,0 mm: A cada 2–3 meses.
- Manutenção ou melhoria da textura dos poros/pele: A cada 4–5 semanas.
- Use máscaras médicas de resfriamento para hidratação e reparação e garanta proteção solar adequada.
- Evite ambientes de alta temperatura (sauna, banhos quentes, etc.) por 48 horas.
- Evite produtos com ácido retinóico ou AHAs.
Durante o Tratamento: Técnica de Aplicação
- Aplique gel de acoplamento generosamente para garantir uma transmissão eficaz do ultrassom.
- Manter contato constante com a pele; a sonda não deve levantar no meio do disparo.
- Usar pressão leve com cabeças de 4,5 mm, pressão mais forte para profundidades superficiais.
- Espace as linhas uniformemente com Intervalos de 2,5 cm, alinhado com a anatomia da pele.
- Evite tiros excessivos em uma área para evitar danos térmicos.
Lembrete: Se o paciente relatar dor ou dormência excessiva, pausar imediatamente e avaliar.
Cuidados pós-tratamento e gerenciamento de pacientes
Para minimizar os efeitos colaterais e otimizar os resultados:
- Aplicar compressas frias pós-tratamento para reduzir vermelhidão/inchaço.
- Aconselhe os pacientes a evitar saunas, banhos quentes e luz solar por 48 horas.
- Recomendar máscaras hidratantes e protetor solar físico por uma semana.
- Desencorajar o uso de retinóides, AHAsou esfoliantes agressivos pós-procedimento.
Efeitos colaterais comuns e raros
Comum (transitório):
- Vermelhidão, inchaço, aperto, secura (2–7 dias)
- Dor ou formigamento leve na mandíbula (2–3 dias)
Raro (grave):
- Bolhas, pigmentação, irritação nervosa (geralmente desaparecem em 1–2 semanas)
- Cicatrizes ou queimaduras (devido ao uso inadequado de energia/profundidade)
- Riscos para a visão (extremamente raros; evite a área dos olhos, a menos que esteja devidamente protegido)
Controle a profundidade e a energia do tratamento para evitar queimaduras e cicatrizes atróficas.
Tenha bolsas de gelo prontas para o pré-tratamento e monitore o processo. Se ocorrerem pápulas ou elevação estriada da pele, pare imediatamente, aplique uma compressa fria (evite estender demais a área de gelo) e use pomadas de corticosteróides ou cremes para queimaduras. Se aparecerem bolhas, trate com cautela para evitar cicatrizes profundas.
Evite lesões nervosas através do controle de energia e operação padronizada. Se ocorrer, trate com vitamina B12, esteróides e agentes neurotróficos. A maioria se recupera em um mês.
Lesão ocular é extremamente rara, mas a proteção inadequada durante o tratamento das pálpebras pode causar catarata aguda. A adesão estrita ao protocolo é essencial. Se ocorrer, inicie um tratamento agressivo.
Se ocorrerem sintomas relacionados aos nervos, recomende vitamina B12, corticosteróides ou agentes neurotróficos.
Diretrizes de frequência de tratamento
| Meta | Intervalo |
|---|---|
| Elevador antienvelhecimento (padrão) | A cada 12 meses |
| Manutenção leve (baixa energia) | A cada 4–6 meses |
| Rejuvenescimento de superfície (1,5/2,0mm) | A cada 2–3 meses |
| Textura da pele/refinamento dos poros | A cada 4–5 semanas |
Evite o tratamento excessivo. Mais nem sempre é melhor em HIFU.
Dominar o protocolo de tratamento da máquina HIFU garante seguro, eficaz e apoiado pela ciência resultados para seus clientes. Ao seguir uma abordagem estruturada e baseada em evidências, os profissionais de beleza podem integrar com confiança esta tecnologia de ponta nas suas ofertas de serviços. Quer você seja dermatologista, proprietário de spa ou distribuidor, compreender esses protocolos fortalece sua credibilidade e eleva os resultados do cliente.







